A Take a Walk, fábrica de calçado de Guimarães, marcou presença na MICAM, em Milão, que decorreu de 7 a 9 de setembro. No final da manhã do segundo dia da feira, a CEO da empresa, Salomé Almeida, destacou a importância da reestruturação interna realizada no último ano e meio, que permitiu enfrentar os desafios do mercado e manter estabilidade na produção.
“Ontem a feira esteve um bocadinho calma, também era o primeiro dia, um domingo. Hoje já noto bastante movimento aqui a poucos metros, e espero que chegue também ao nosso stand”, comentou, descrevendo o ambiente em Milão.
Sobre as perspetivas de trabalho, a responsável recordou as dificuldades recentes: “Há um ano e meio estava claramente a viver um momento difícil, com redução da carteira de encomendas. Tive de redimensionar a estrutura produtiva e, fruto disso, como diminuiu a quantidade de produção diária. Este ano felizmente não tive falta de encomendas.”
Salomé Almeida reforçou que a prioridade tem sido garantir a sustentabilidade da empresa: “Estamos atentos para perceber quando temos de redimensionar e quando temos de voltar a acelerar — e espero que esses dias regressem.”
Questionada sobre a possibilidade de Portugal organizar uma feira de calçado ou de componentes, Salomé Almeida mostrou-se prudente: “Teria de haver muito marketing para isso acontecer. Como portuguesa, ficaria orgulhosa de termos novamente uma feira, mas seria necessário atrair também expositores internacionais. Seria um desafio enorme.”
Ainda assim, não descarta que uma iniciativa deste género pudesse atrair clientes já fidelizados: “Os clientes que temos viriam, porque aproveitariam para visitar a fábrica e passariam também na feira. A dúvida é se viriam novos clientes. Isso não sei. Seria interessante, mas não sei se teria sucesso. Era um sonho que poderia concretizar-se.”