Menos expositores, menos visitantes. É assim que se pode resumir a edição 90 na Micam, que terminou ontem em Milão. Realizou-se fisicamente, o que foi importante, uma vez que foi o primeiro grande evento à escala internacional no setor do calçado desde o confinamento, dando sinal do regresso à normalidade. Mas foi uma feira triste: foi um reflexo da situação social, económica e, principalmente, pandémica que vivemos.
A feira de calçado mais importante do mundo teve uma quebra acentuada do número de compradores. Algo que já seria de esperar, mas a Micam é sempre uma feira com elevadas expectativas para os expositores.
Ontem, último dia de feira, alguns expositores começaram mesmo a desmontar os stands durante a manhã: a feira só terminou ao fim da tarde.
Estiveram presentes na Micam 32 marcas portuguesas. Empresas de Felgueiras eram 11.
Lineapelle melhor!
A Lineapelle também abriu com uma queda significativa de expositores: 320 no total de 14 países. Em fevereiro passado eram 1250. Contudo, e apesar das baixas expectativas, acabou por ser positiva para as três empresas de Felgueiras que estiveram presentes.
A realização, em simultâneo, da Lineapelle, Micam , Mipel e The one, acabou por ser benéfica para o setor dos componentes, pois associa toda a cadeia de abastecimento do setor do calçado.
Os stands contaram com uma grande maioria de visitantes italianos e europeus, enquanto a ausência de não europeus foi quase total, principalmente asiáticos e americanos.