Pedro Melo Lopes
Deputado do Partido Social Democrata na Assembleia da República
O país vai ser chamado a eleições no dia 10 de março do próximo ano e os tempos são naturalmente de muita parcimónia, perante o sobressalto social que resulta de mais uma queda de um governo socialista. Na história da Republica já são 3 os primeiros-ministros socialistas que pediram a sua demissão e “abandonaram o barco” a meio da governação.
Em 2001, Antonio Guterres demitiu-se na sequência de uma estrondosa derrota eleitoral autárquica e de um governo desgastado pelo “pântano”. Em 2011, José Sócrates demitiu-se depois de ser chumbado pelo parlamento mais um pacote de cortes nos rendimentos que levou mesmo o Partido Socialista a pedir um resgaste financeiro externo para o país não entrar em bancarrota.
Agora, em 2023, foi Antonio Costa, com uma maioria absoluta, que pediu a demissão depois de terem encontrado 75 mil euros em dinheiro no gabinete do seu braço direito em São Bento e depois de terem detido o seu melhor amigo suspeito de facilitar negócios que envolviam também ministros e ex-ministros do seu governo. É sempre de relembrar que, por casos e “casinhos” de corrupção, de ilegalidades e de más decisões, o governo de António Costa teve mais de 15 demissões entre ministros e secretários de estado.
E quem sofre com tudo isto? Os mesmos de sempre. Os portugueses que não vêem os seus problemas resolvidos no dia a dia, mas também o regime, a República e o estado de direito.
A maioria absoluta de Antonio Costa nunca foi, de todo, uma maioria social. Por um lado, porque os serviços públicos, como a saúde e a educação, há muito que não funcionam e, por outro, basta olhar para os professores, os médicos, os enfermeiros, os farmacêuticos e outros funcionários públicos que têm estado constantemente na rua em protesto e em greve pela perda de rendimentos
E a tudo isto juntamos uma conjuntura económica na Europa negativa, duas guerras na Europa e no Médio Oriente e uma crise inflacionista asfixiante.
Por isso é que os tempos são de muita sobriedade e de reflexão. Os portugueses têm a oportunidade de escolher um governo competente sem colocar em causa a soberania nacional e os princípios da liberdade conquistada em Abril.
Nos últimos 8 anos, na oposição, o PPD/PSD tem responsavelmente apresentado propostas aos portugueses, como a Agenda Mobilizadora para a Saúde, a Reforma Fiscal e o Programa para o Bem-estar dos Idosos. Além disso, foi o único partido que disse claramente ao Professores como conseguirá recuperar o tempo de serviço, assim como já aconteceu na Madeira e nos Açores, onde o PSD governa.
Um partido que queira governar este país tem de ter propostas consistentes, mas também tem de ter quadros, tem de ter história e tem de ter equipa. E o PSD tem e sempre teve. E estou convicto que apresentará ao país um governo com pessoas competentes e de reconhecido mérito na sociedade civil.
Portugal não se governará nem aos gritos, nem a apontar o dedo ou a bater nas bancadas da Assembleia da República como os extremos, da esquerda e da direita, gostam de fazer.
Definitivamente, só o PPD/PSD é que tem demonstrado a capacidade e a responsabilidade de governar este país mesmo que sempre em circunstâncias adversas.
O tempo é de viragem, mas de salvaguarda à democracia. Por isso é que temos de cerrar fileiras em torno de um projeto que defenda sempre a igualdade de oportunidades para todos os portugueses. É tempo de Unir Portugal.