A região do Tâmega e Sousa vai ser reforçada com mais uma Brigada de Sapadores de Florestais. Trata-se da segunda brigada da Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa (CIM do Tâmega e Sousa), que irá juntar-se à equipa formada em março deste ano e que tem a sua base no concelho de Baião.
À semelhança da primeira, a nova Brigada de Sapadores de Florestais será constituída por três equipas de cinco elementos, que darão assistência aos 11 municípios que integram a CIM do Tâmega e Sousa no âmbito da instalação e manutenção da rede primária de defesa da floresta contra incêndios, nas ações de consolidação de rescaldo, nas ações de estabilização de emergência para evitar fenómenos de erosão pós fogo e na execução de faixas de gestão de combustíveis definidas nos respetivos Planos Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios.
A criação desta nova brigada, e o consequente aumento do número de efetivos no terreno, vai também permitir aumentar a área de intervenção com ações de redução de combustível e a resiliência do território aos incêndios florestais e também, na vertente da vigilância e combate aos incêndios, reforçar a vigilância armada antes e pós-incêndio e a primeira intervenção em incêndios nascentes, promovendo-se uma atuação em consonância com os objetivos definidos na Estratégia Nacional para as Florestas e no Plano Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios.
Recorde-se que a primeira Brigada de Sapadores Florestais da CIM do Tâmega e Sousa, cujas ações efetivas no terreno arrancaram em finais de maio deste ano, após três meses de formação especializada ministrada pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), já intervencionou cerca de 85 hectares de mancha florestal da região, um importante contributo na prevenção da ocorrência de incêndios.
Os trabalhos, desenvolvidos em estreita articulação com os Gabinetes Técnicos Florestais dos 11 municípios que integram a CIM do Tâmega e Sousa e com o ICNF, decorreram em áreas com maior vulnerabilidade aos incêndios, por corresponderem a manchas florestais ou pela sua proximidade a estas.
Nestas zonas procedeu-se à execução de faixas de gestão de combustível, definidas nos respetivos Planos Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios, através de ações de silvicultura preventiva, nomeadamente corte de vegetação arbustiva e arbórea, por forma a diminuir a carga de combustível dessas áreas.
Estas intervenções tiveram como objetivo criar várias barreiras estratégicas contra a progressão dos incêndios, quer através da diminuição da carga de combustível e, consequentemente, da sua continuidade, quer pela criação de locais de oportunidade para o apoio ao combate a incêndios florestais.
A par dos trabalhos de silvicultura preventiva, a Brigada de Sapadores Florestais da CIM do Tâmega e Sousa participou também em 20 ações de deteção e supressão de incêndios.