No mais recente episódio de “O Mais Famoso Podcast Sobre Calçado!”, Pedro Fonseca e Rui Oliveira conversaram com Pedro Cilínio, Secretário de Estado da Economia.
Pedro Fonseca, apresentador do podcast, questionou o Secretário de Estado da Economia as possíveis medidas que o Governo poderá adotar para apoiar o setor do calçado durante o atual período de crise. Abordou a possibilidade de algumas empresas serem forçadas a fazerem reestruturações e reduzir o número de pessoal ao serviço das fábricas de calçado: “Para além da questão social, é também problema para a indústria, porque estas são pessoas que são qualificadas, que já têm experiência e que vão fazer falta às fábricas destro de alguns meses”. Pedro Fonseca levantou a possibilidade de reintrodução de medidas adotadas durante a pandemia, como o lay-off simplificado e as moratórias de crédito.
Em resposta, Pedro Cilínio enfatizou que o Governo está constantemente a monitorizar a situação, “até para percebermos se há efetivamente necessidade de tomarmos medidas”. Lembrou que o lay-off simplificado foi uma medida extraordinária adotada num contexto igualmente extraordinário e que a situação atual, “sendo período de incerteza e de alguma dificuldade, não tem comparação com aquilo que nós vivemos no período de Covid. E, portanto, eu espero que não seja necessária essa medida, porque isso é bom sinal”.
O Secretário de Estado da Economia expressou otimismo: “Na próxima coleção, até seguindo a lógica do efeito chicote, vamos continuar a ter este comportamento e depois teremos, provavelmente, no próximo período uma retoma”.
Pedro Cilínio destacou a estreita colaboração do Governo com associações como a APICAPS e reiterou o compromisso do Governo em identificar e implementar medidas extraordinárias quando necessário. Como exemplo, mencionou o investimento de 115 milhões de euros feito pelo Governo para apoiar empresas face ao aumento dos custos do gás. “Existiram muitos setores que se não tivesse sido este apoio, tinham fechado completamente, porque não tinham tido a possibilidade, com o preço do gás a multiplicar várias vezes, continuarem a funcionar. Portanto, este é exemplo de que, efetivamente, nós estamos atentos e estamos a continuar a fazer esse trabalho”, disse.
Sobre a possibilidade de um aumento do desemprego na indústria do calçado, o Secretário de Estado da Economia manifestou confiança na capacidade de recuperação do setor e minimizou os receios de um desemprego, pelo menos prolongado.
O Secretário destacou que, até há pouco tempo, o principal desafio das empresas do setor “era de falta de mão de obra” qualificada para atender à crescente procura. “As empresas, incluindo no setor do calçado, não tinham trabalhadores para responder às encomendas. E, portanto, há efetivamente aqui esse período transitório que, sendo transitório, vai-se resolver e o próprio mercado, acredito eu, vai conseguir absorver rapidamente esses cobradores, incluindo o próprio setor. Eu acredito, e existem empresas no setor que continuam a ter bom comportamento, e em breve iremos retomar uma trajetória de maior estabilidade e de maior crescimento”.
Leia também:
- Parte 1 - Secretário de Estado da Economia aborda a “crise” no calçado
- Parte 3 - Pedro Cilínio destaca a importância dos fundos comunitários, o PRR e o Portugal 2030 para a indústria do calçado
- Parte 4 - Secretário de Estado da Economia revela impressões sobre o setor do calçado
- Parte 5 - A estratégia do setor do calçado Português: a visão do Secretário de Estado da Economia
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