No último episódio do “O Mais Famoso Podcast Sobre Calçado!“, transmitido no início de 2024, Rui Oliveira partilhou a sua visão de esperança para o setor do calçado em 2024, apesar dos desafios enfrentados no ano anterior. Em conversa com o apresentador do Podcast, Pedro Fonseca, Rui Oliveira discutiu a queda nas exportações de 2023 e as perspetivas para a recuperação do setor.
Rui Oliveira relembrou uma conversa no início de 2023, antecipando um ano difícil, confirmado pela queda nas exportações. “Temos feito este podcast há algum tempo e lembramo-nos de uma conversa no início do ano, talvez no final de 2022, em que se previa um cenário difícil para 2023, com uma queda nas exportações,” explicou.
Apesar das previsões iniciais do Instituto Nacional de Estatística não refletirem uma queda durante os primeiros seis meses, Rui Oliveira observou que a realidade da indústria era diferente. “Não se estava a refletir aquilo que a indústria de calçado sentiu logo nos primeiros meses do ano, especialmente a partir de abril, maio e junho, quando normalmente há horas extra e muito trabalho“, afirmou.
Olhando para 2024, Rui Oliveira manifestou um sentimento de esperança. “Acredito que a curva descendente está a estabilizar, e a partir daí poderemos ter um cenário mais otimista, especialmente no segundo e terceiro trimestres de 2024,” disse, referindo-se também à decisão do Banco Central Europeu de manter as taxas de juro, o que pode indicar uma tendência de melhoria.
Rui Oliveira abordou a complexidade de ser empresário na indústria do calçado, destacando as dificuldades enfrentadas tanto em momentos de sucesso quanto em períodos desafiantes. “Não é fácil ser empresário na indústria do calçado. Muitas vezes, quando os resultados são positivos, há críticas por não serem distribuídos equitativamente, mas quando são negativos, a difícil realidade dos empresários não é compreendida,” explicou.
Apesar dos desafios, Rui Oliveira manteve um tom otimista, enfatizando a importância de apreciar e apoiar todos os envolvidos na indústria. “Quero expressar o meu apreço a todos que ainda acreditam na indústria do calçado e transmitir um sentimento de otimismo para o futuro, tanto para trabalhadores quanto para empresários,” concluiu.