As pessoas infetadas com a variante Ómicron têm um risco de internamento hospitalar 75% inferior ao das pessoas infetadas com a variante Delta, de acordo com um estudo realizado pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), com a colaboração dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), laboratórios Unilabs, Cruz Vermelha Portuguesa e o Algarve Biomedical Center.
O estudo epidemiológico sobre a pandemia por covid-19 foi realizado de forma semelhante ao de agências congéneres de Ministérios da Saúde de outros países da União Europeia e revela que, por cada 100 pessoas internadas que estavam infetadas com a variante Delta, só 25 pessoas seriam internadas se tivessem sido infetadas com a variante Ómicron, independentemente da idade, do sexo, do estado vacinal e de se ter tido uma infeção anterior. O estudo mostra também que as pessoas infetadas com Ómicron têm, em média, internamentos mais curtos e menor risco de morrer.
“No entanto, a Ómicron está associada a maior capacidade de escapar parcialmente à proteção do esquema vacinal completo e a uma elevada transmissibilidade, traduzida num maior número absoluto de casos, pelo que mesmo com redução de gravidade, pode existir risco de sobrecarga do sistema de saúde. Por isso, a Direção-Geral de Saúde continua a recomendar a vacinação de reforço e a testagem regular, de forma a manter os efeitos da pandemia no sistema de saúde controlados”, lê-se numa nota de imprensa enviada à nossa redação.
Os detalhes do estudo podem ser consultados na plataforma MedRXiv.