Na última edição especial de “O Mais Famoso Podcast sobre Calçado”, Pedro Fonseca, diretor do Felgueiras Magazine, contou com a presença, do Eng.º Ricardo Pinto, responsável da Combocal, que esteve em direto da Lineapelle, em Milão, que este ano contou com a presença de 8 empresas de Felgueiras, o maior número dos últimos anos.
Ricardo Pinto começou por comentar a afluência da feira. Refere que “já na última edição, em setembro, tínhamos verificado bastante afluência, algo que se manteve nesta presente edição”. Questionado acerca do estado de espírito dos visitantes, afirmou que “as pessoas estão sempre bem-dispostas”. No entanto, “apesar de estarmos em clima de recessão ou instabilidade, não conseguimos perceber o que poderá acontecer a curto prazo, principalmente com as encomendas”.
O responsável da Combocal aproveitou também para realçar o vigor do passado ano de 2022 na fileira do calçado, “que superou todas as expectativas. Foi um ano de grande consumo e produção de calcado, e esse ano não poderá́ servir como barómetro para comparação”. Consequentemente, 2023 “será́ um ano, como é obvio, de decréscimo”, mas não deixará de ser um ano positivo. Acrescenta ainda que “as transições de estações têm sempre uma quebra nas encomendas”. Focando-se nas expectativas para a Combocal, prevê que “poderá ser um ano melhor que o ano anterior, mas é algo que é sempre imprevisível”.
No âmbito do avanço tecnológico da Combocal, Ricardo Pinto relata que, nos últimos anos, investigaram os “biocompósitos de borracha em que podemos incorporar borracha sintética ou natural, com resíduos naturais ou reciclados”. Destaca a utilização de, por exemplo, fibras de bananeira ou mesmo cascas de café e de arroz, oferecendo não só “uma nova valorização a essas cargas naturais, como também um aumento da percentagem biodegradável na sola”. Adiciona que as solas da Combocal podem incorporar até 10% de resíduos industriais e 20% de borracha reciclada. Aliás, o produto com 100% borracha de látex natural “tem sido um dos mais procurados neste setor”.
Em relação à presença das empresas nas feiras de calçado, Ricardo Pinto frisa a sua importância, “porque, para além de apresentarmos a nossa coleção e o que somos capazes de fazer, o mais importante são os clientes e as marcas que contactamos” e com os quais “a posteriori iremos efetuar um trabalho não apenas com a nossa coleção própria, mas também com produtos exclusivos para os clientes”. Esta política tem gerado frutos para a Combocal, “que exporta, de forma direta, neste caso de solas para países e outros continentes, tal como a América Latina ou África”.
O Ricardo Pinto conclui com uma reflexão acerca da perceção de Portugal na indústria do calçado internacional. Menciona que, há alguns anos atrás, o padrão de qualidade estava no fabrico italiano, devido à “história que já tem no passado, mas cada vez mais Portugal assume a sua firmeza e qualidade”. Exprime entusiasmo ao afirmar que “muitas marcas que nos contactam nunca tiveram ligação com Portugal e vêm sempre com rasgados elogios às empresas, aos componentes e inclusive aos sapatos que nós temos”. O calçado português “já está num patamar elevado, e acredito que ainda se irá elevar mais”.
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