O Rally de Portugal está de volta a Felgueiras com duas classificativas no troço de Santa Quitéria, agendadas para o dia 13 de maio, sábado. A primeira passagem será às 10h35 e a segunda passagem às 18h05.
Este ano, o WRC Vodafone Rally de Portugal regressa a um local que marcou a sua história de quase seis décadas, a Figueira da Foz, palco de uma nova super-especial de 2,28 km no centro da cidade, com a foz do Mondego e o Oceano Atlântico como pano de fundo, a fechar o primeiro dia competitivo da prova, na sexta-feira (12 de maio). Outra novidade em 2023 é uma classificativa de 15 km em Paredes, no decisivo dia de domingo (14 de maio), num concelho que continua a receber o tradicional Shakedown de abertura do rali, na quinta-feira (11 de maio), nas imediações e no interior da pista de Baltar.
Num figurino semelhante ao dos últimos anos, é na região Centro que o WRC Vodafone Rally de Portugal tem as primeiras especiais cronometradas, na sexta-feira, com duplas passagens pelos troços de Lousã (12,03 km), Góis (19,33 km) e Arganil (18,72 km), e uma passagem por Mortágua (18,15 km), antes da estreia da super-especial da Figueira da Foz.
No sábado, os concorrentes rumam ao Norte e às classificativas de Vieira do Minho (26,61 km), Amarante (37,24 km) e Felgueiras (8,91 km), que também recebem duplas passagens, antes da popular super-especial de Lousada, na pista da Costilha.
As decisões do rali também acontecem na região Norte, no domingo, com o já referido troço de Paredes, que antecede a primeira passagem pela especial de Fafe (11,18 km) e a classificativa de Cabeceiras de Basto (22,23 km). A derradeira especial, em regime de Power Stage (com atribuição de pontos-extra), volta a ser emoldurada pelos famosos cenários de Fafe. Ao todo são 19 classificativas e um percurso com 329,06 quilómetros cronometrados, por entre um total de 1636,25 quilómetros no centro e norte do país.
IMPACTO ECONÓMICO RECORDE DE 153,7 MILHÕES DE EUROS
Além de ser um dos mais emblemáticos ralis do mundo, o WRC Vodafone Rally de Portugal continua a potenciar todos os anos a economia nacional como nenhum outro evento. Em 2022, a prova atravessou 15 concelhos das regiões norte e centro do País, de 19 a 22 de maio, gerando um impacto económico recorde de 153.794.685 euros (mais de 153,7 milhões de euros), um acréscimo de 12,5 milhões (8,9 %) relativamente à edição de 2019, que antecedeu o espoletar da pandemia mundial. Estes dados foram apurados pelo Centro de Investigação, Desenvolvimento e Inovação em Turismo (CiTUR) da Universidade do Algarve, que avalia anualmente o impacto económico do evento do Automóvel Club de Portugal.
A despesa direta gerada no rali, formada pelos gastos conjuntos de adeptos (residentes e visitantes), equipas e organização, ascendeu a 76 milhões de euros em 2022, mais 3,6 % do que em 2019. Deste valor, mais de 78 % (59,9 milhões de euros) foi gerado por adeptos não residentes, o que ilustra os fluxos turísticos de espectadores portugueses e estrangeiros originados pelo evento. Com efeitos na balança turística, mais de metade (54,4 %) da despesa direta teve origem em adeptos ou equipas não residentes em Portugal, cujos gastos em território nacional promovem receitas por incoming que, segundo o estudo, asseguram “a realização de exportações no valor absoluto de 39.552.876 euros” (mais de 39,5 milhões de euros).
Cerca de um milhão de espectadores assistiu ao vivo à prova do ACP em 2022, e entre estes mais de 273 mil eram oriundos de países como Espanha, França, Reino Unido, Finlândia, Itália, Suécia, Irlanda, Alemanha, Polónia ou Estónia, entre outros. Em média, os turistas estrangeiros que visitaram o rali permaneceram quase três noites em Portugal (2,75 noites), com 86 % a mostrarem vontade de regressar ao país no Verão e 63 % no Inverno. Um indicador que, segundo o estudo da Universidade do Algarve, “deve ser tomado como exemplo no âmbito da promoção e animação em turismo em benefício das economias, populações e empresas”.
RECEITA FISCAL DIRETA DE 18 MILHÕES
A receita fiscal sobre o consumo gerado no WRC Vodafone Rally de Portugal superou os 18,2 milhões de euros, só entre IVA e ISP, permitindo ao Estado resgatar 24 % do impacto económico direto da prova. Para o impacto total também contribuem os valores económicos da projeção do evento e de Portugal através dos Media, a qual estima o valor monetário das notícias (AVE) difundidas pelos media nacionais e internacionais, a qual totalizou 77.714.339 euros (quase 78 milhões de euros), entre canais de televisão, meios digitais, imprensa e rádio. O tempo total de transmissões televisivas da prova cresceu 18,7 % face ao ano passado, colocando o WRC Vodafone Rally de Portugal como um dos três eventos com maior cobertura televisiva do Campeonato do Mundo FIA (WRC).
Desde que regressou ao calendário do mundial, em 2007, ano em que começou a ser analisado de forma científica pela Universidade do Algarve, o WRC Vodafone Rally de Portugal já registou 1.563,9 milhões de euros de retorno económico para o país, numa perspetiva agregada. “Tal permite concluir que, no conjunto dos impactos, o WRC Vodafone Rally de Portugal 2022 não só retoma como faz crescer as dinâmicas económicas existentes nas edições pré-pandemia COVID-19. Esta perspetiva agregada do contributo do WRC Vodafone Rally de Portugal para a economia do turismo nacional é de todo assinalável e acredita-se que inigualável por nenhum outro evento desportivo e/ou turístico regularmente organizado em território nacional”, conclui o estudo.
FOCO NA SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL
Os eventos do Automóvel Club de Portugal têm forte preocupação com a sustentabilidade ambiental e, no caso do WRC Vodafone Rally de Portugal, esse esforço foi reconhecido pela Federação Internacional do Automóvel, que atribuiu à prova o Nível de Acreditação Ambiental – 3 Estrelas, o máximo no sistema de certificação da FIA.
O Plano de Sustentabilidade Ambiental do evento, criado em articulação com o Ministério do Ambiente, através da Agência Portuguesa do Ambiente, prevê as seguintes medidas:
A) Respeitar todas as leis e regulações ambientais e outros requisitos, bem como o Quadro de Certificação Ambiental da FIA;
B) Divulgar e promover o conhecimento ambiental junto dos diferentes agentes do evento (organização, pilotos, equipas, parceiros, patrocinadores e espectadores);
C) Levar em linha de conta o trabalho ambiental na escolha de parceiros e fornecedores. Procurar produtos e serviços que garantam um bom desempenho ambiental;
D) Incentivar a partilha de meios de transporte privados (car pooling e car sharing) na deslocação ao evento, bem como a utilização de transportes públicos ou outros;
E) Preferir, sempre que possível, fontes de energia renováveis;
F) Continuar a implementar medidas e estabelecer parcerias para aumentar e melhorar a recolha seletiva de resíduos, bem como a eliminação correta e adequada dos mesmos;
G) Fomentar e melhorar as nossas responsabilidades ambientais com base em tarefas estruturadas e planeadas;
H) Envolver todas as autoridades locais das zonas de passagem do rali;
I) Continuar a reduzir ao máximo o número de documentos impressos em papel, privilegiando a utilização e consulta de documentos em formatos digitais;
J) Fomentar a redução do uso de plástico e de produtos descartáveis, dando preferência a produtos recicláveis e reutilizáveis;
K) Fomentar o uso de água da rede pública, que em Portugal é de elevada qualidade.
Os carros Rally1 usam combustíveis sustentáveis. A unidade motriz elétrica dos Rally1 também pode mover o carro em modo totalmente elétrico nas ligações entre especiais (até cerca de 20 km) e no Parque de Assistência, reduzindo as emissões locais.