Autor: Pedro Fonseca
Mestre em Economia | Diretor do Felgueiras Magazine
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Se correr mal, a Câmara poderá ter que pagar 3 milhões de euros pela variante de Cabeça de Porca. Mas devia ser o Governo a assumir esta despesa. Felgueiras merece!
A variante que ligará a Zona Industrial de Cabeça de Porca à A11 está contemplada do Plano de Recuperação e Resiliência que está a ser analisado pela Comissão Europeia. É uma obra importante que irá permitir ligar uma das mais relevantes zonas industriais de Felgueiras à autoestrada.
Está previsto que a obra decorra entre 2022 e 2024, com um investimento de 8.500.000 euros. É um dado certo que os custos desta variante serão comparticipados por fundos comunitários. Resta saber se a comparticipação será de 100% ou 85%.
Na última reunião de Câmara, foi aprovado, por unanimidade, um acordo entre as Infraestruturas de Portugal, S.A. e o Município de Felgueiras: se a União Europeia não comparticipar a variante a 100%, mas apenas a 85%, será a Câmara de Felgueiras a assumir os 15% restantes e não o Governo. Neste caso a Câmara irá pagar 15% da obra, 1.275.000€, e o valor das expropriações dos terrenos. Ou seja, cerca de 3 milhões de euros (é difícil, nesta fase, calcular o valor das expropriações).
Será que Felgueiras não merece que o Governo de António Costa assuma os custos totais desta obra? Senão vejamos:
– A nossa indústria exportadora do calçado dá um importante contributo para as finanças do país e para a balança comercial. Temos também uma elevada percentagem da população ativa e a trabalhar, e a pagar os seus impostos;
– O desemprego em Felgueiras é baixo, pelo que o Governo tem pouca despesa com subsídios de desemprego ou com o rendimento social de inserção;
O António Costa e o seu Governo deviam pagar os 15%, as expropriações dos terrenos para a variante de Cabeça de Porca e agradecer a Deus todos os dias por ter concelhos como Felgueiras a contribuir para a riqueza do país!
Felgueiras merece mais. Os felgueirenses devem exigir mais!