O último plenário de militantes do PSD Felgueiras decorreu no passado dia 18 de janeiro, com o objetivo de promover uma reflexão sobre a governação do concelho e recolher contributos para as próximas eleições autárquicas. Entre os temas debatidos destacam-se o PRR para habitação, os impostos praticados no concelho e a desagregação de freguesias.
João Sousa, presidente do PSD Felgueiras, apontou que, apesar de o Município ter triplicado as verbas recebidas do Estado, “está a vender o património municipal, os empréstimos já ultrapassam os 20 milhões de euros e, mesmo assim, tem os impostos mais altos da região”.
O líder do PSD local questionou o timing e a gestão das obras iniciadas recentemente, afirmando que as mesmas serão financiadas através de empréstimos que terão impacto financeiro nos próximos 20 anos. João Sousa afirma que estas intervenções deviam ter sido realizadas ao longo dos últimos sete anos, período em que foram orçamentados mais de “470 milhões de euros e arrecadados mais de 70 milhões de euros em impostos”, lê-se numa nota enviada pelo PSD Felgueiras ao Felgueiras Magazine.
No plenário, foram levantadas críticas à demora na concretização de investimentos externos prometidos, ao aumento de empréstimos que vão “ser pagos pelas futuras gerações”, à ausência de novas habitações no âmbito do PRR, “enquanto que outros concelhos constroem dezenas ou centenas”, e à falha na desagregação de freguesias.
Relativamente às próximas eleições autárquicas, os militantes do PSD sublinharam a necessidade de um candidato “que goste de Felgueiras e dos felgueirenses e que conheça, de facto, os desafios que enfrentam diariamente”, destacando a importância de descentralizar o investimento no concelho; melhorar infraestruturas básicas, tais como o saneamento e a rede viária, e apostar num projeto que traga desenvolvimento económico e cultural para Felgueiras.