Na noite de 11 de outubro, o Espaço de Exposições Passado, Presente e Futuro, em Felgueiras, transformou-se num verdadeiro ponto de encontro da música nacional com o lançamento do single “Post Scriptum” da banda Dead Cat — projeto criado por Alex Silva, músico felgueirense que participou na edição de 2024 do The Voice Portugal.
O evento reuniu vários artistas e bandas do panorama musical português, entre eles Bruno Fernandes (Fafe), Marisa Oliveira (Viana do Castelo) e José Francisco (Portimão), todos finalistas do The Voice, além de grupos de referência no rock e metal como Blame Zeus, Phase Transition e Warout. Um encontro que mostrou que Felgueiras respira cultura e som, e que a nova geração de músicos está pronta para deixar marca.
Tudo começou em 2019, quando Alex Silva — vocalista, compositor e fundador dos Dead Cat — encerrou o ciclo com a sua antiga banda, AmenéziA, e iniciou um projeto mais íntimo, que acabou por evoluir para o metal melódico. Em 2020, nasceu oficialmente Dead Cat, que hoje é composto por Pedro Silva (guitarras e produção) e Hugo Machado (baixo).
Com influências que vão de Pink Floyd a Slipknot, Stone Sour, Ornatos Violeta e até Amália Rodrigues, a banda distingue-se pela sua sonoridade intensa e emocional.
Para Alex Silva, o novo single é um mergulho nas emoções mais humanas: “Post Scriptum é a apatia de todos os pesares da vida. É a âncora que arrastamos das coisas que dissemos e das que não tivemos coragem de dizer. É um grito de quem se está a afundar aos poucos e já não sabe o que fazer”, partilha o músico.
Com uma letra profundamente introspectiva, a música reflete sobre saúde mental, coragem e superação, temas que o artista considera urgentes: “Acredito que é preciso coragem para lidar connosco próprios. Cada um tem a sua batalha, mas contrariar a vontade de desistir é uma luta que, com o tempo, pode ser vencida.”
O lançamento de “Post Scriptum” foi mais do que um concerto: foi uma celebração do talento local e da força do rock alternativo português. Num ambiente de partilha e comunhão artística, o evento mostrou que Felgueiras começa a ganhar espaço como polo cultural alternativo, acolhendo novos sons, novas vozes e novas histórias.