Depois de um ano de pandemia e recolhimento, é tempo de esticar as pernas, correr, dançar e dar um salto no ar para ganhar perspetiva. Um salto qualitativo nas nossas vidas e nas dos demais: vem aí uma nova era. Nunca mais seremos os mesmos, seremos forçosamente melhores.
Para a campanha Portuguese Shoes de 2021, a APICCAPS convidou bailarinos e modelos portugueses a protagonizarem uma sessão fotográfica assinada por Frederico Martins. Imagens que nos remetem para o silêncio de um recomeço. Os corpos vividos, expressivos, musculados, habituados ao esforço e ao limite, encolhem-se e espreguiçam-se, dobram-se e desdobram-se, abrindo-se à chegada da primavera. Como uma borboleta que sai do casulo à procura do sol.
Come as you are, mostra a tua verdade, a pele e a desarmante nudez a preto e branco. Só a autenticidade pode ser futuro, um ponto de partida para fazer mais com uma energia renovada, para colorir a página em branco.
Neste tempo incerto, a indústria portuguesa de calçado continua a ser um valor seguro, uma referência de qualidade para o mundo. Porque conhece o valor das coisas bem feitas. Na sua base está a valiosa experiência de gerações, herdada por cerca de 40 000 artesãos que todos os dias criam peças únicas e calçam Portugal e 163 países para onde exportamos, espalhados pelos cinco continentes.
Um setor que cresceu muito na última década e brilhou porque soube valorizar a tradição e o saber-fazer, cruzando-os com as novas tecnologias, as melhores matérias-primas e a consciência do planeta. Graças a uma estratégia e esforço conjuntos, é hoje uma indústria moderna, fresca, palpitante, criativa, irresistível. A indústria mais sexy da Europa tem cada vez mais mundo e mais futuro, mesmo quando estes parecem adiados.
Pode a indústria do calçado ser uma forma de arte? A arte do detalhe feito com amor e com sabedoria, e a arte de nos fazermos ao caminho. Em 2021 vamos dar um salto no ar, de pés juntos, em direção ao futuro. Para criar bases duradouras, com os pés bem assentes na terra, na areia, na relva, no mundo. Pés como raízes.
De acordo com Luís Onofre, “realisticamente, 2021 será ainda um ano muito exigente, com várias variáveis que não dominamos”. “Fazer previsões nesta altura – continuou o Presidente da APICCAPS – seria sempre imprudente. Mas o calçado português, estando ciente das dificuldades, procurará valorizar os seus principais argumentos: criatividade, capacidade produtiva e resposta eficiente às solicitações do mercado”.
Fonte: APICCAPS