No primeiro episódio do novo podcast do Felgueiras Magazine, “O que ninguém te conta sobre Felgueiras!”, Pedro Fonseca, esteve à conversa com os comentadores António Faria, ex-deputado do Partido Socialista (PS) e Leonel Costa, ex-deputado do Partido Social Democrata (PSD). Cada um dos três apresentou um tema relacionado com o concelho para debate: António Faria trouxe o tema do embelezamento urbano, Leonel Costa apresentou a discussão sobre a cultura, e Pedro Fonseca abordou o futuro Parque da Cidade e outros espaços de lazer no concelho de Felgueiras.
Felgueiras com Cor: Jardins, Rotundas e a Imagem de uma Cidade com Brio
António Faria abriu o debate introduzindo o tema do embelezamento urbano, com particular enfoque nas rotundas e jardins públicos, sublinhando o investimento que tem sido feito e frisando a importância destes espaços como “porta de entrada” do concelho. “Chegarmos à nossa terra e vermos os nossos jardins floridos é sempre bonito. Às vezes, ouvimos comentários das pessoas a dizer que vemos que a nossa cidade tem cor, que era uma coisa que faltava”, afirmou.
No entanto, o ex-deputado do Partido Socialista admite que, “como as pessoas dizem, é muita pedra e pouca sombra”. Ainda assim, considera que deve ser valorizado o caminho se tem trilhado para dar “um novo ser à nossa cidade”.
Pedro Fonseca concordou com a importância deste investimento, embora tenha manifestado algumas reservas devido ao custo associado: “Como economista, não consigo deixar de pensar que cada vez que é preciso flores, estamos a falar de 10 000€+IVA. Mas eu gosto”, frisou.
Leonel Costa alinhou com as posições anteriores, ampliando a discussão para outros aspetos do espaço público, como o cuidado geral das estradas e a limpeza das bermas, afirmando que “uma estrada bem cuidada é sinal de uma cidade com brio, inclusive por questões de segurança”. Nesse aspeto, o anfitrião do “O Que Ninguém Te Conta Sobre Felgueiras!” recordou que, por vezes, estradas pouco cuidadas são responsabilidade de entidades como a Infraestruturas de Portugal e não dos municípios.
A propósito deste ponto, António Faria acrescentou que a Câmara Municipal “tem delegado nas Juntas de Freguesia a limpeza das bermas, através da transferência de competências”, concordando com Leonel Costa sobre a importância destas ações para preservar a imagem do concelho: “É a primeira impressão que as pessoas que nos visitam têm”.
Cultura como motor de atratividade da cidade e do concelho
A cultura foi outro dos tópicos em debate, lançado por Leonel Costa. Tomando como ponto de partida as palavras de António Faria, que havia referido que Felgueiras é “um concelho completamente diferente de concelhos vizinhos, como Amarante, que tem um rio, tem um mosteiro”, sugeriu que “a cultura poderia ser uma forma eficaz de captar visitantes”, através de um projeto integrado que articule cultura, comércio, restauração e oferta noturna.
O ex-deputado do PSD destacou a ausência de uma sala de espetáculos multiusos que pudesse acolher eventos de maior dimensão. “O que é que pode trazer as pessoas cá? A oferta cultural, um multiusos com condições para acolher eventos desportivos, uma mostra anual de calçado, por exemplo. Temos de criar uma característica diferenciadora.”
Pedro Fonseca reforçou estas ideias, mencionando que “nas entrevistas do Felgueiras Magazine é frequente ouvir que Felgueiras precisa de um multiusos e de mais vida ao fim de semana”. Destacou também, de forma positiva, a recente iniciativa BIBLIO Felgueiras, salientando que ações como esta são fundamentais para aproximar os jovens da leitura e da cultura. No entanto, sublinhou que continua a ser “difícil levar pessoas aos eventos, e é um trabalho que se tem de fazer a nível nacional”.
António Faria acrescentou ao debate que “a cultura não é para dar lucro, mas sim um investimento essencial no futuro do concelho”. Apesar de concordar que é importante atrair pessoas de fora para visitar Felgueiras, considera que se deve começar por criar uma cultura de “bairrismo”, sendo fundamental que os habitantes criem hábitos de usufruto da própria cidade. “Não existem sítios onde as pessoas possam conviver, conversar, trocar impressões. Falta-nos isso, e é muito importante.”
O ex-deputado do PS adiantou ainda que, brevemente, começará a funcionar o cinema da Casa das Artes, mas admitiu que há outros atrativos que “ainda não estão à disposição da população”, o que pode estar a “afastar os nossos”. “Temos de arranjar um motivo para os prender à nossa terra, passar a mensagem de que somos um concelho realmente muito atrativo”, concluiu.
A cultura foi outro dos tópicos em debate, lançado por Leonel Costa. Tomando como ponto de partida as palavras de António Faria, que havia referido que Felgueiras é “um concelho completamente diferente de concelhos vizinhos, como Amarante, que tem um rio, tem um mosteiro”, sugeriu que “a cultura poderia ser uma forma eficaz de captar visitantes” através de um projeto integrado que articule cultura, comércio, restauração e oferta noturna.
O ex-deputado do PSD destacou a ausência de uma sala de espetáculos multiusos, que pudesse acolher espetáculos de maior dimensão. “O que é que pode trazer as pessoas cá? A oferta cultural, um multiusos com condições para acolher eventos desportivos, uma mostra anual de calçado, por exemplo. Temos de criar uma caraterística diferenciadora”.
Pedro Fonseca reforçou estas ideias, mencionando que “nas entrevistas do Felgueiras Magazine é frequente ouvir que Felgueiras precisa de um multiusos e mais vida ao fim de semana”. Destacou também positivamente a recente iniciativa BIBLIO Felgueiras, salientando que iniciativas como esta são fundamentais para aproximar os jovens da leitura e da cultura. No entanto, salientou que continua a ser “difícil levar pessoas aos eventos e é um trabalho que se tem de fazer a nível nacional”.
António Faria acrescentou ao debate que “a cultura não é para dar lucro, mas sim um investimento essencial no futuro do concelho”. Apesar de concordar que é importante atrair pessoas de fora para visitar o concelho, considera que devia começar-se por criar uma cultura de “bairrismo em Felgueiras”, sendo importante que os habitantes criem hábitos de usufruir da própria cidade. “Não existem sítios onde as pessoas possam conviver, conversar, trocar impressões. Falta-nos isso e é muito importante.”
O ex-deputado do PS adiantou ainda que, brevemente, vai começar o funcionar o cinema das Casa das Artes, mas admitiu que há outros atrativos que “ainda não estão à disposição da população”, o que pode estar a “a afastar os nossos”. “Temos que arranjar um motivo para os prender à nossa terra, passar a mensagem de que somos um concelho realmente muito atrativo”, concluiu.
Parque da Cidade e espaços de lazer
O último tema em discussão, a cargo do anfitrião do “O Que Ninguém Te Conta Sobre Felgueiras!”, Pedro Fonseca, foi a construção do Parque da Cidade e os espaços de lazer no concelho, nomeadamente o novo parque/jardim junto à Igreja Matriz de Margaride.
“Nós precisamos, em Felgueiras e na Lixa, de espaços de lazer. Trago a questão do Parque da Cidade porque, segundo sei, tem havido lá máquinas a trabalhar. Na minha opinião, havendo condições para avançar com uma 1.ª fase do Parque da Cidade e, depois, à medida que se forem adquirindo mais terrenos, avançar com as restantes, penso que é o que se devia fazer”, lançou Pedro Fonseca.
António Faria adiantou que as máquinas já estão a preparar os terrenos para a primeira fase do Parque da Cidade: “Aquilo que se pode dizer é que as máquinas que lá estão é para fazer os percursos”. “Neste momento, já temos cerca de 40 mil m² adquiridos para o Parque da Cidade, praticamente metade do que estava previsto inicialmente.”
Leonel Costa já havia realçado a necessidade de “mais jardins e menos praças de granito”, dando como exemplos “a Praça Vasco da Gama, que é demasiado granítica e, por outro lado, a Praça Machado de Matos, que tem condições para ter um jardim bonito e que precisava de mais cuidado para ser atrativa e poder ser utilizada pelos felgueirenses”.
Também o futuro parque junto à Igreja Matriz de Margaride foi destacado por Pedro Fonseca como um projeto relevante para a cidade: “Aquele espaço entre a Igreja Matriz, a Biblioteca e os Mercadinhos Adriano tem um curso de água e tem potencial para ser muito interessante. É uma decisão feliz, parabéns ao executivo municipal por criar ali um jardim”, uma opinião que Leonel Costa subscreveu.
Leonel Costa corroborou a importância da decisão tomada pela autarquia, lembrando que a ideia inicial de utilizar o terreno para habitação acessível teria sido negativa: “Inicialmente, estava prevista a construção de habitação social naquele local, algo que não faria sentido numa zona já muito pressionada. Optar por um jardim foi uma boa ideia.”
António Faria esclareceu alguns detalhes adicionais sobre o projeto junto à Igreja Matriz: “Nunca houve um projeto formalizado para habitação acessível naquele local. Houve várias ideias em cima da mesa”. De acordo com o ex-deputado do PS, o novo espaço “vai contar com um campo de futebol, estacionamento, um parque infantil e uma área de água com pontes em madeira. Futuramente, pretende-se ligar esta zona às Portas da Cidade, o que vai permitir embelezar uma entrada da cidade, indo de encontro ao tema inicial.”
O comentador salientou o caminho que tem sido feito no sentido de criar mais espaços verdes no concelho, tal como o Parque Natural de Regilde, mas admite que “em termos de parques temos de dar um salto qualitativo e quantitativo”. Referiu ainda Pombeiro, onde se prevê a “requalificação do adro do Mosteiro de Pombeiro, que também vai ter um parque” e o Parque do Ladário na Lixa, afirmando que “a Câmara já adquiriu quase a totalidade dos terrenos”.
Pedro Fonseca destacou igualmente o Parque de Lazer Macieira da Lixa e o Parque de Merendas de Borba de Godim, afirmando que este último “está absolutamente fantástico, super aconchegante. É escondido, mas é muito bonito”.
Leonel Costa terminou ressalvando o papel que as Juntas de Freguesia têm desempenhado neste aspeto: “As freguesias têm feito o seu trabalho e locais interessantes um bocadinho por todo o concelho. Acho que é esse o caminho”.