Foi um acontecimento marcante a sessão de lançamento do livro infantojuvenil “O Sol Não Anda”, de José Carlos Pereira (texto) e Beatriz Félix (ilustrações), com design de Marina Leão, no passado sábado, dia 29, na abertura da programação literária do Fantasporto. Recorde-se que o autor do conto é natural de Felgueiras. A ilustradora é uma jovem arquiteta, que se estreia agora em livro, nascida em Moçambique, de nacionalidade portuguesa e está radicada em Inglaterra.
Este livro, que apela ao diálogo entre pais e filhos, aprecia a beleza e os dons da natureza e revela a dinâmica do universo.
Beatriz Pacheco Pereira, diretora do Fantasporto, deu as boas-vindas, sublinhou o seu apreço pelo dinamismo cultural do seu amigo José Carlos, elogiou o livro tanto a nível da estória como das ilustrações.
Lília de Castro e Costa, mentora do projeto editorial, referiu que foi quem, há dois anos, incentivou o autor do conto a não ficar parado após o êxito do livro anterior, “Miguel Sarapintas e o pinto de três patas”, que aborda o “bullying”. Sublinhou que a concretização deste projeto só foi possível com o patrocínio da União de Freguesias de Margaride (Felgueiras) e de empresários do concelho.
De seguida, Miguel Gonçalves fez a apresentação científica da obra. Trata-se do conhecido comunicador de Ciência e apresentador do magazine Última Fronteira, da RTP. Disse: “Elogio a coragem do autor do texto. Há muito poucos escritores portugueses a escrever literatura com base científica. Este livro, que conta principalmente uma estória solar, e com perfeição, está muito bem ilustrado”. Por sua vez, o poeta Aurelino Costa, que apresentou a parte literária, enalteceu: “Este livro, além de apelar ao diálogo na família, incentiva à preservação ambiental e é uma espécie de manual de aprendizagem no aspeto da astronomia”. De imediato, fez uma animação de leitura com a atriz Cristina José Rodrigues.
Por fim, intervieram os autores. José Carlos Pereira enalteceu com alguma emoção o papel de Beatriz Félix: “Tem grande talento, imaginação, criatividade. É uma referência para a atual juventude, tanto como artista como pessoa”.