No mais recente episódio de “O Mais Famoso Podcast Sobre Calçado”, Pedro Fonseca e Rui Oliveira discutiram as perspetivas da indústria do calçado para os próximos meses, bem como o Inquérito Trimestral de Conjuntura da APICCAPS.
De acordo com o relatório, no primeiro trimestre do 2024 as perspetivas foram mais positivas do que no último trimestre de 2023. Rui Oliveira corroborou esta visão otimista, afirmando que “a maior parte das empresas estará com a sua produção completa até ao período de férias.”
No entanto, o empresário alertou para a necessidade de precaução, salientando que, por exemplo, o setor dos componentes se encontra mais apreensivo: “No setor dos componentes existe alguma apreensão relativamente àquilo que são as encomendas para o próximo trimestre”, disse, sublinhando a volatilidade do mercado e as constantes alterações nas encomendas.
Além disso, salientou que as próprias empresas devem ser contínuas na abordagem ao mercado pois, hoje, o “compromisso que existe, não é o mesmo que existia ano passado”, considerando que atualmente “se fazem muito mais negócios do que parcerias”. Como tal, as empresas devem repensar “aquilo que são as quantidades produzidas internamente. Às vezes fazer menos torna-se fazer mais”.
O impacto do COVID-19 ainda é visível, com marcas a adotarem políticas de controlo mais rígidas sobre os seus inventários e encomendas. Rui Oliveira destacou que “a redução de encomendas no primeiro trimestre de 2024 é relativa à redução que já existiu no primeiro trimestre de 2023.”
Em relação a políticas governamentais, Rui Oliveira sugeriu que o foco deve ser no controlo do mercado europeu e na entrada de produtos extracomunitários. “Nós devíamos pedir aos nossos governantes que apostassem definitivamente naquilo que é um controlo do mercado europeu,” afirmou, destacando a importância de critérios rigorosos para garantir a competitividade das empresas portuguesas. Rui Oliveira afirma que não sente “o mesmo rigor e o mesmo critério na chegada de produtos ao mercado europeu oriundos de países em que a mão da obra é mais barata”.
Para concluir, Rui Oliveira expressou uma mensagem de esperança para a indústria do calçado: “Nesta fase talvez seja ainda um período de incerteza que atravessamos, mas o cenário já é mais otimista do que aquele que tivemos no ano passado.”
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