Há cerca de três meses em Felgueiras, é com ânimo que o Padre César Mendes conta o que tem sentido e vivenciado desde o momento que assumiu as paróquias de Jugueiros, Lagares, Pombeiro e Vila Fria. Na fase inicial conheceu as pessoas, espaços, patrimónios. Partilhou ainda que preparou um espaço de atendimento próprio, o cartório interparoquial, numa sala contígua à Igreja Nova de Lagares.
Relativamente à dinâmica dos jovens das suas paróquias, César Mendes realça a importância dos mesmos, afirmando que “a Igreja só se renova com o dinamismo jovem”. O Padre afirma saber que “não são tempos fáceis para os jovens, pois são muitas vezes apontados e criticados”, e partilha que tem “no horizonte, essa preocupação com os jovens”.
Sobre o Natal, o sacerdote reconhece que “vivemos numa sociedade um pouco voltada para o materialismo e consumismo”, e relembra que na realidade o Natal “é o nascimento de Jesus”.
Para César Mendes esta é uma quadra marcada pela visita aos doentes e aos incapacitados, bem como, uma quadra de reflexão e introspeção, presente no momento das confissões.
Acerca da pandemia que se tem vivido nos últimos dois anos, o Padre admite que “têm sido tempos difíceis, mas que a Igreja tem vindo a adaptar-se às restrições”. É com tristeza que fala sobre a sua experiência em ter realizado alguns funerais, com três ou quatro pessoas, e onde não foi permitido aos familiares terem “uma despedida digna”.
O Padre César Mendes deixou também uma mensagem de Natal. “Vivemos tempos conturbados, de incertezas, dúvidas e instabilidade, podendo muitas vezes cair no desânimo”, disse, relembrando que “a pandemia veio mostrar-nos que as relações são muito importantes”. Pede ainda para que as pessoas “não se deixem perder nas confusões do Natal”, mas que “sejamos capazes de nos centrar naquilo que é essencial, tendo por base o presépio: amor, paz e justiça, saídos da gruta, no rosto do menino Jesus”.
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