O executivo municipal decidiu ontem, em reunião de Câmara, aceitar pedido do empreiteiro (Edilages S.A.) de prorrogação graciosa do prazo para a conclusão das obras da envolvente da Igreja Matriz de Margaride. Os vereadores do PSD votaram contra esta prorrogação graciosa.
Recorde-se que Nuno Fonseca disse em fevereiro que não iria “permitir que a obra, seja esta, seja qualquer outra em Felgueiras, não decorra dentro do que são prazos normais. Uma coisa é certa, há penalidades que vão ter de ser imputadas a quem está a prestar o serviço”, mas agora parece ter recuado na sua posição.
Um novo relatório sobre as obras, elaborado por um técnico da autarquia, foi ontem apreciado em reunião de câmara. Este relatório reconhece que houve responsabilidade da Câmara no atraso das obras, nomeadamente um “atraso na libertação de terrenos, atraso nas revisões necessárias ao projeto em acertos que tiveram de ser efetuados por motivos imprevistos existentes, acerto no estudo por de trás do Tribunal por motivo do PT existente e recolocação dos ecopontos em virtude dos locais previstos tal não ser possível”.
Este relatório também aponta culpas pelo atraso das obras ao empreiteiro, nomeadamente quanto ao “incumprimento do plano de trabalhos, plano de mão de obra e plano de equipamentos, com um registo amplamente deficitário que em nada corresponderam ao previsto nos respetivos planos” e também em relação ao “fornecimento de quantidade deficitária de granitos para pavimentos e guias que implicaram a maior parte do atraso da empreitada”.
Iniciadas no dia 18 de janeiro de 2019, as obras de requalificação na zona envolvente da Igreja Matriz de Margaride deveriam estar concluídas no passado dia 13 de janeiro. O empreiteiro pediu uma prorrogação do prazo para conclusão das obras por mais 240 dias (8 meses).