O quarto leilão das instalações da antiga fábrica de calçado A Mundial encerrou esta quinta-feira, dia 23 de janeiro, pelas 15h00, sem registar uma única licitação. A fábrica, declarada insolvente em 2023, acumulou dívidas de 4,6 milhões de euros a 231 credores e continua sem encontrar interessados para o imóvel, estando o valor mínimo para a transição fixado em cerca de 448 mil euros neste último leilão.
Desde o início do processo de venda, o preço base das licitações foi sendo sucessivamente reduzido, mas os leilões online têm terminado sem interessados na aquisição.
Após aderir a um Processo Especial de Revitalização (PER) em 2018, a fábrica não conseguiu reverter a situação financeira e declarou insolvência em 2023, despedindo 55 trabalhadores. As dívidas reconhecidas pela insolvência incluem 764 mil euros ao Estado, entre Segurança Social, Fisco e Caixa Geral de Depósitos, além de montantes elevados a instituições bancárias, bem como a várias empresas de componentes para calçado.
O lote inclui um edifício de rés-do-chão com cinco divisões, destinado a gabinetes, escritórios, armazém e fábrica de calçado, com uma área de 943 m². A propriedade integra ainda um pavilhão com cave, rés-do-chão e primeiro andar, destinado a armazém e refeitório, com uma área de 600 m², bem como terrenos rústicos com 1.890 m², conhecidos como “Bouça de Cristelo” e “Bouça de Miros.
Fundada em 1939 na freguesia de Regilde, A Mundial, em PER, empregava 77 trabalhadores e faturava cerca de 5 milhões de euros, provenientes de exportações para países como Inglaterra, Austrália, Holanda, Canadá e França.