A Mercadona, empresa de supermercados, aumentou em 2024 as suas vendas consolidadas em 9%, até aos 38.835 milhões de euros. Deste total, 1.778 milhões correspondem à faturação de Portugal, onde a Mercadona conta com 60 lojas do total de 1.674 que faziam parte da rede de supermercados da empresa ao fecho de 2024.
De acordo com uma nota enviada pela Mercadona ao Felgueiras Magazine, “este aumento da faturação foi possível devido ao trabalho realizado pelo departamento de Compras e Prescrição, juntamente com os fornecedores e interfornecedores especialistas. Graças a esta colaboração, foi possível fazer uma redução no preço de milhares de produtos, em Portugal e Espanha, o que representou uma poupança de 650 milhões de euros para os clientes, continuando a oferecer um carrinho de compras com uma qualidade efetiva ao preço mais económico do mercado”.
Mercadona em Portugal
Após os primeiros 5 anos no país, a Mercadona conta com 7.000 empregos criados, através de contratos sem termo desde o primeiro dia e salários atrativos. Tendo registado mais de 1.000 milhões de euros de investimento em Portugal durante esse período, a operação da Mercadona em território nacional foi rentável pela primeira vez, tendo a empresa gerado em 2024 um total de 7 milhões de euros de lucro resultante da sua atividade.
Para continuar a abastecer a sua rede de 60 supermercados, a empresa comprou 1.400 milhões de euros aos seus fornecedores nacionais. Além disso, o esforço e compromisso da equipa, a abertura de novas lojas e a aposta num sortido eficaz e de qualidade, tornaram possível uma redução no preço de 1.500 produtos.
Em 2024, a Mercadona realizou um investimento total de 219 milhões de euros em Portugal, atingiu um volume de vendas de 1.778 milhões de euros, mais 27% do que no ano anterior, e contribuiu com 237 milhões de euros em impostos através da empresa portuguesa Irmãdona Supermercados, com sede em Vila Nova de Gaia (Porto).
O esforço e compromisso de uma equipa de 110.000 pessoas
Em 2024, a Mercadona criou mais de 6.000 novos postos de trabalho, 1.700 em Portugal e 4.300 em Espanha, tendo alcançado em cada país uma equipa de 7.000 e 103.000 pessoas, respetivamente. Para reconhecer o esforço dos seus colaboradores, a Mercadona aumentou o salário em 8,5 %, além de dar um prémio variável por objetivos, relacionado com os lucros da empresa, de 700 milhões de euros. Isto faz com que, em Portugal, um colaborador com mais de 4 anos de antiguidade tenha recebido, no dia 1 de março deste ano, cerca de 4.500 €/brutos em remuneração variável, o correspondente a 3 mensalidades.
Previsão para 2025
A empresa prevê investir mais de 1.000 milhões de euros e criar mais de 1.000 postos de trabalho em 2025. Do mesmo modo, as suas previsões incluem um aumento de 3,5 % nas suas vendas, para atingir os 40.100 milhões de euros, e a consolidação de um lucro idêntico ao do último exercício.
Para Portugal, a empresa tem previsto um investimento de mais 157 milhões de euros e a abertura de 10 novas lojas, incluindo em Penafiel e em Fafe, chegando, no decorrer do ano, à cidade de Lisboa.
O ano com o melhor dado de rentabilidade para poder partilhar mais
Em 2024, a Mercadona obteve um dado histórico de rentabilidade, 3,9 % de lucro líquido sobre as vendas líquidas. Como resultado, o seu lucro partilhado aumentou para 2.800 milhões de euros, que foram partilhados, entre outras, da seguinte forma: 700 milhões com a equipa e 716 milhões em impostos, dos quais 506 correspondem ao Imposto sobre Lucros, com uma taxa em vigor de 25 %.
Tudo isto traduziu-se num lucro líquido de 1.384 milhões de euros, mais 37 % do que em 2023. Destes, 1.109 milhões (cerca de 80 %) foram reinvestidos na empresa e os restantes 275 milhões (cerca de 20 %) em dividendos.
Ajudas aos afetados pela depressão Dana, 108 milhões de euros
A empresa lançou a iniciativa “Alcem-se!” (Levantemo-nos), à qual se juntaram outros projetos do Legado de Juan Roig e Hortensia Herrero, para canalizar todas as suas ajudas aos afetados pela depressão Dana; 108 milhões de euros destinados a projetos finalistas. Destacam-se os esforços feitos para reabrir as suas lojas e armazéns, ajudar a comunidade com doações, a recuperação de espaços danificados, ou também as ajudas económicas destinadas tanto aos colaboradores afetados como a negócios da zona, com o objetivo de que não tivessem de reconstruir a sua vida a partir do zero e reativar a economia.