Mais de 80% das empresas de calçado admite ter encomendas para, pelo menos, o próximo mês, pode-se concluir o “Inquérito Covid” efetuado pela APICCAPS aos seus associados.
Neste inquérito participaram 79 empesas, responsáveis por 7977 postos de trabalho e um volume de negócios muito próximo dos 640 milhões de euros. De acordo com a APICCAPS, um “número muito expressivo de empresas” admite ter trabalho para os próximos três meses
“O setor dá sinais de consolidação dos negócios”, concluiu Luís Onofre, citado no portal da APICCAPS. Ainda assim, depois do forte impacto da pandemia no setor de calçado, que levou a uma quebra do consumo mundial de calçado na ordem dos 22% no último ano, as estimativas para a recuperação plena do setor poderão acontecer apenas em 2023, de acordo com o World Footwear. “Estamos a fazer os trabalhos de casa, desenvolvendo novos produtos e indo ao encontro dos nossos clientes em todo o mundo, mas no final estaremos sempre dependentes da evolução da pandemia”, admite o presidente da APICCAPS.
Ainda de acordo com o inquérito efetuado pela APICCAPS ao universo das suas empresas, não obstante a “redução de encomendas internacionais” ser a maior preocupação dos empresários, com 54% das respostas, este é o valor mais baixo dos últimos meses, que compara, por exemplo, com uma média de 70% nos últimos inquéritos. Já o “Abastecimento de matérias-primas importadas” começa, agora, a perfilar-se como uma preocupação adicional, com 44% das respostas.
