Luís Onofre é, hoje, reeleito presidente da APICCAPS (Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos), para um novo mandato de três anos.
O empresário lidera uma lista única constituída por uma equipa de 26 empresários, que vão conduzir – nos próximos três anos – os destinos da associação empresarial de âmbito nacional com sede no Porto, fundada em 1975 e que representa toda a fileira do calçado em Portugal (Indústria de calçado, Indústria de componentes para calçado, Indústria de artigos de pele e Indústria e comércio de bens equipamentos). Joaquim Moreira liderará a Mesa da Assembleia Geral e Domingos Ferreira assumirá a presidência do Conselho Fiscal.
De acordo com Luís Onofre, “importa reconhecer que, nos últimos anos, a COVID-19 afetou a nossa atividade”. Acresce que os setores altamente exportadores “tiveram de enfrentar as consequências de uma guerra na Ucrânia, em particular ao nível da inflação, e do abrandamento económico nos nossos principais mercados”. Mesmo assim, o Cluster do Calçado apresentou um novo Plano Estratégico para a próxima década, que tem como grande objetivo transformar “a indústria portuguesa de calçado numa grande referência ao nível do desenvolvimento de soluções sustentáveis”. Em curso estão já dois grandes projetos, no âmbito do PRR, que pressupõem um investimento total próximo dos 140 milhões de euros.
No próximo mandato “teremos uma equipa reforçada de empresários a liderar a APICCAPS”, sublinhou Luís Onofre. “Juntos procuraremos implementar o que propusemos no plano estratégico com uma atenção particular para as ações relacionadas com a internacionalização das nossas empresas. Nesta fase, em que as economias internacionais continuam com crescimentos económicos muito modestos, será determinante a nossa capacidade de, em conjunto, chegarmos a novos mercados e clientes e progredir para seguimentos de maior valor acrescentado”.
Nos próximos meses “importa que a APICCAPS e as empresas associadas possam, uma vez mais, dar uma prova de grande resiliência e capacidade de investir”, concluiu Luís Onofre.
Constituída por pouco mais de 1.500 empresas, responsáveis por 40.000 postos de trabalho (dados do Ministério do Trabalho), a fileira do calçado e artigos de pele exporta mais de 90% da sua produção, o equivalente 2.400 milhões de euros no final do último ano. Na última década, as exportações da fileira do calçado e artigos de pele aumentaram cerca de 50%.
Com forte aglomeração geográfica, a produção de calçado e artigos de pele distribui-se maioritariamente por dois polos centrados nos concelhos de Felgueiras e Guimarães, por um lado, e Santa Maria da Feira, Oliveira de Azeméis e S. João da Madeira, por outro. Em conjunto, estes cinco concelhos representam mais de três quartos do emprego setorial. Mais a sul, na zona da Benedita, encontra-se outro polo do setor que, ainda que apresente menor expressão quantitativa, continua a ser muito relevante.