O lay off simplificado, uma medida amplamente solicitada por empresários das indústrias exportadoras portuguesas, pode não ser a solução adotada para enfrentar a atual crise de encomendas que afeta setores como o calçado, têxtil e vestuário. Na reunião realizada no dia 8 de setembro entre o secretário de Estado da Economia, Pedro Cilínio, e a ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, o governante apontou uma alternativa: a formação.
Esta proposta surge como resposta às preocupações e pedidos de muitos empresários que veem no lay off simplificado uma forma de aliviar os impactos económicos causados pela diminuição das encomendas. Contudo, a ideia é que, através da formação, os trabalhadores possam adquirir novas competências, preparando-os para um mercado em constante mudança e, ao mesmo tempo, proporcionando uma solução mais sustentável a longo prazo para as empresas.
As novas medidas de apoio à formação, que serão anunciadas em breve, deverão seguir a linha do Plano Extraordinário de Apoio às Empresas afetadas pelo aumento do custo da energia, lançado em setembro de 2022, denominado “Energia para Avançar”. Este plano tinha como foco a formação qualificada dos trabalhadores no contexto da produção, no local de trabalho, para as empresas contribuírem para a exportações. Visava a otimização dos tempos de produção, o suporte à formação em contexto laboral e a preservação do emprego.
A iniciativa pretendeu responder aos desafios específicos das empresas da indústria exportadora, permitindo, por exemplo, a libertação de horas de trabalho para serem investidas na formação dos colaboradores.
As empresas que aderiram a este programa para a formação dos seus trabalhadores, tiveram direito a um apoio extraordinário “suportado pelo IEFP no valor equivalente a 50% do indexante dos apoios sociais (IAS), por trabalhador abrangido, independentemente do número de ações de formação frequentadas”.