Autor: Mário Adão Magalhães
Jornalista
A Comissão de Festas do São
Pedro ’19 – Felgueiras anuncia que vai passar a pasta.
Este ano para a perfeição das festas quase só faltaram as acessibilidades a
pessoas de mobilidade reduzida.
Quem vem que tenha isso em conta. Talvez se infira que não se justifica, porque
poucas pessoas com mobilidade reduzida vêm! E as que não fazem tenção de
ir – sair à rua porque já sabem o que as espera?
E aquelas que de fora viriam, se soubessem que aqui têm menos barreiras?!
A comissão de festas anuncia que vai passar a pasta, e não é um procedimento
mau porque evita insinuações de vícios. Mas, e tendo em conta a experiência
colhida, parece-me que alguém da comissão que cessa não deve deixar de dar um
oupinha, a supervisionar aqueles que vêm.
Tendo em
conta que, este ano, presenciei por cerca de duas horas alguns movimentos,
pareceu-me que, genericamente, estaria bem se houvessem tido em conta os
acessos, a mobilidade de quem precisa. Quem precisa já tem barreiras bastantes.
Além de não ter havido conta disso, presenciei que havia impedimentos
inusitados – por parte de quem controlava o tráfego automóvel, havendo lugar a
discriminações arbitrárias.
Os cívicos deixavam passar uns e outros não. Passavam sobretudo os automóveis
que fossem vistosos. (*)
Penso que nestas coisas há-de haver bom senso, sensibilidade e urbanidade – sobretudo por parte dos cívicos e eventualmente mais que outras entidades.
Claro que esta matéria dava mangas para pano. Mas sintetiza-se assim: “Tem que pedir um dístico à comissão de festas”, como iverberou um cívico.
Que diabo! Suponhamos que eu: Ah! Agora dá-me jeito passar um pedacinho pelo São Pedro! Ora bem: vou ao recinto da festa procurar a comissão de festas – pedir autorização – para depois ir buscar a viatura e deixá-la próxima.
O que cabe aqui?
– Uma coisa que recorrentemente venho dizendo: A administração do município vem
implementando políticas, medidas diferenciadoras. Pretende derrubar barreiras
havidas, descentralizando competências, alargar o leque de intervenções. Um município
assim deve ter esta dinâmica e fazê-la vincadamente progredir.
A comissão de festas pode aclivar-se genericamente.
Exactamente por ser gente jovem com outros horizontes – só esteve menos bem aqui.
O que se pretende? Quem aí venha – não sem escrutínio da comissão anterior, cuide de fazer um São Pedro para todos. Limitações já pedece quem as tem diariamente, só se lhe deve facilitar, ter em conta isto.
E isto, isto porquê? – Precisamente porque é gente jovem.
Tem que ter ideias novas. Por parte do município, para continuar na senda do
progresso, da inovação – só deve atentar nisto e cooperar.
(*) Numa reunião posterior acerca de urbanismo, pessoa com razoável
conhecimento das movimentações diárias na cidade testemunhou que presenciou
agentes cívicos a penalizar automóveis de quem é conhecido em detrimento de
quem não é.
(Não pratico deliberadamente o chamado Acordo Ortográfico).