Em novembro de 2021, Portugal exportou 5,8 milhões de pares de calçado, no valor de 142 milhões de euros. Face a 2019, o ano anterior à pandemia, assinala-se um acréscimo de praticamente 12%. Comparativamente ao mesmo período de 2020, aponta-se um crescimento de 30%.
Até novembro do ano passado, Portugal exportou 64 milhões de pares de calçado, no valor de 1.551 milhões de euros, o que significa um acréscimo de 10.7% face ao ano anterior. A Europa voltou a ser o mercado de referência para o calçado português, acolhendo 54 milhões de pares, no valor de 1.264 milhões de euros.
“O ano de 2021 foi já, como se esperava, de recuperação do setor. Em vários mercados foi já possível chegar a níveis anteriores aos da pandemia”, diz Paulo Gonçalves, porta-voz da APICCAPS, citado no portal da associação. Paulo Gonçalves afirma que “a recuperação será mais lenta do que desejamos”, uma vez que “todos os indicadores, sugerem que o setor do calçado a nível internacional só recupere plenamente em 2023”. No caso português, “há a expectativa de que conseguimos atingir esse desiderato mais cedo, já em 2022”.
De acordo com o Boletim de Conjuntura da APICCAPS, “a indústria portuguesa de calçado viveu, no terceiro trimestre, o período mais favorável dos últimos dois anos”. A APPICAPS relembra “ainda que estejamos dependentes da evolução do processo de vacinação e mesmo da pandemia, os sinais do setor são animadores”.
Apesar dos desafios que o setor enfrenta atualmente, nomeadamente, o aumento dos custos das matérias-primas, as dificuldades no transporte, e a escassez de mão de obra qualificada para responder às solicitações dos mercados, a indústria portuguesa de calçado iniciou o ano de forma positiva, mostrando que 2022 será um ano promissor para o setor.