O Ministério do Ambiente e da Ação Climática (MAAC) viabilizou a área denominada “Seixoso-Vieiros” que abrange os concelhos de Amarante, Celorico de Basto, Fafe, Felgueiras, Guimarães e Mondim de basto. O estudo de Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) promovido pela Direcção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), divulgado esta quarta-feira, dia 2 de fevereiro, permitiu a pesquisa e prospeção do lítio nesta zona, e em mais cinco, nomeadamente: Massueime e quatro áreas na região de Guarda- Mangualde.
A decisão do Governo fez vários populares exteriorizarem a sua revolta contra este parecer nas redes sociais, particularmente no Facebook, onde foi criado um grupo de manifestação “Movimento Anti-Lítio – Seixoso”, que conta atualmente com 3,4 mil membros. “Seixoso: lítio não” é a mensagem que tem sido escolhida por muitos habitantes da Lixa, em discordância com a decisão de autorizar a prospeção deste minério.
“O povo da Lixa nem informado foi. Será que as pessoas sabem o que é o Lítio? Vergonha!” escreveu um cidadão indignado. “As pessoas vão ver as suas casas sofrer uma desvalorização pois ninguém quer morar perto de uma mina a céu aberto. O pó vai contaminar produções agrícolas, vinícolas, cursos de água, e o ar vai ficar contaminado”, escreveu outro. O desacordo da população em relação à prospeção de lítio, mereceu já uma petição pública, cujo objetivo é evitar esta exploração, que atingiu até ao momento 3.082 assinaturas.
A estratégia de exploração do lítio em Portugal tem sido fortemente criticada por motivos ambientais e sociais, mas também pelas dúvidas em relação à viabilidade económica. O Governo mantém, no entanto, o plano de colocar o país a liderar a produção do lítio na Europa.