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Esquerda e a Direita na Política? É a contramão da Democracia

Mário Adão Magalhães

Eis uma das imensíssimas razões – https://24.sapo.pt/opiniao/artigos/trigemeos-e-a-indiferenca-do-estado-e-das-instituicoes – pelas quais eu nunca poderia militar em qualquer partido, seja ele o de mal menor, seja ele o mais ou menos vocacionado para políticas sociais. Se bem que qualquer política é, invariavelmente, social.

As doenças estão pelas autoestradas da amargura. Não podemos continuar brandos e temos que concordar com o insuspeito Salgueiro Maia: “Às vezes é preciso desobedecer”.

Precisamos de pôr as letras nas palavras. Há dias conversando acerca do que é a Esquerda e a Direita na Política, eu concluí: é a contramão da Democracia.

Tinha estabelecido outras prioridades e surge-me aquele artigo que me destabilizou logo. De imediato me meteu um nojo do caralho – temos mesmo que pôr as letras nas palavras.

Ainda por cima telefonam a desmarcar uma consulta que aguardava há meses, que teria lugar para a semana e que eu venho pedindo paulatina e reiteradamente o adiantamento por me sentir a piorar bastante, e hoje mesmo ia fazê-lo de novo e fazem isto… Assim. Ali.

Um dia destes viro marginal. Digo que sou bêbado e drogado, tenho todos direitos e mais alguns, e até prioridades nas consultas… como venho presenciando à beça.

Passam a ser eufemismos as minhas designações de eufemismo, mas não posso dar-lhe a volta. Por todas as razões não quero trazer os meus casos pessoais à colação, mas dão-me uma visão privilegiada das coisas que passo e pelo que presencio noutros, o que anula os apaniguados de meios políticos onde andam apenas a dizer amém, amém. De outro modo ninguém daria conta deles, é certo.

Num contexto em que eu não desisto, mas não insisto, passo a não poder dizer que desisto?

O meu Estado – o Estado de quase todos nós, começou a prejudicar-me muito cedo. Tem faltado aos meus direitos e chamado aos deveres num conluio coitado.

Entre dezenas de casos que volta e meia vemos e nos indignamos muito? Sim. Fui vítima, presenciei, dezenas deles muito piores. E não desvalorizo esses que se tornam notícia nacional. Antes se vemos muitos samaritaninhos, algumas vezes até com petições públicas.

Defendo que quem tiver feitio para choradinhos, que as televisões promovem à beça sem supervisão da ERC (Entidade Reguladora para a Comunicação Social) cuidando de não permitir espiolhar vítimas desfavorecidas e perturbadas, que além dessa imprudência gera outras complicações – uma espiral em favor do prolongamento do probleminha, o sensacionalismo, e por mor da informação tóxica que passa para a opinião pública que faz doutrina, na vez de irem pelo lado pedagógico. Isto porque com ar de solidários e preocupados façam o melhor para o público em geral. Chegam a ser agraciados ou rostos de causas.

“A Dor Neuropática não é uma dor. É uma doença”, diz a comunidade cientista.

A cientista Leonor Gonçalves defende há mais de uma dúzia de anos que “a Dor Crónica induz alterações no cérebro que conduzem à depressão”. Esta conclusão nessa altura valeu-lhe o Prémio Grunenthal Dor, pela primeira vez atribuído em Portugal.


Já dei notas ligeiras por dois ou três motivos meus.

Uma médica competente e por isso dirige o serviço da Unidade da Dor do Hospital Senhora da Oliveira (HSO), em Guimarães, diz-me: “Quando precisar venha cá e não avise. Apareça mesmo, senão vão sempre dizer-lhe que não podem atendê-lo.”

É que uma das coisas foi assim: sentia-me com muitas mais dores e como não há respostas, reduzo-me ao meu imenso sofrimento diário que me impede fortemente de ter vida própria. Não posso planear nada. Por vezes uma consulta ou tratamento. É uma vida que não é vida. Ponto. Sentia-me, de facto, ainda pior. Foi uma terça feira pela manhãzinha. Ligo ao Serviço da Unidade da Dor do HSO, em Guimarães, que frequento há sensivelmente vinte anos, para ver a possibilidade de ser atendido. Dizem-me que a médica não estava. Que ligasse na outra terça feira para falar com ela “para ver quando me poderia atender”. Ligo. A médica diz-me que aparecesse na terça feira seguinte. Na terça feira seguinte a médica não apareceu, e não me avisou.

Lembrei-lhe que no hospital têm os meus contactos, mas ela afirma-me que “não teve acesso ao meu contacto”.

Dá-se o seguinte: eu sofro de “Dor Neuropática” provocada por negligência médica numa das imensas intervenções cirúrgicas no âmbito de Ortopedia. Só por si essa negligência originou muitas outras.

E estragou-me a vida toda. Para além da péssima qualidade de vida.

Há uns anos tinha consultas de oito em oito dias, um número de telemóvel para ligar à médica numa emergência. Cabe aqui dizer que ao tempo não se usava muito o telemóvel nem a dinâmica nestes moldes que hoje os hospitais têm. Isto representa que a minha dor neuropática não é brincadeira.

Até ao dia em que fizeram desaparecer o meu processo clínico e haviam preconizado um aparelhinho na coluna, mas mais tarde afirmam “que é muito perigoso instalá-lo”. E deixaram de fornecer umas pomadas que não havia no mercado e só o serviço da Unidade da Dor as disponibilizava, com o argumento de que “a dor é por dentro, e a pomada não faria efeito lá dentro”.

Isto assim para um leigo sabe que este tipo de “terapia” é muito ancestral e que daí terá evoluído para as “pomadas actuais”.

Sucede que após a falta do processo clínico, o espaço entre as consultas começou a dilatar, chegando por fim aos doze meses. Mas o processo, o processo clínico, esse desapareceu, tal como de outros doentes. Só que, e como uma paciente me contou, andava na médica dela “também no consultório particular, e lhe disse: “Ai sim! O processo desapareceu? Então vá lá amanhã que ele aparece. – E apareceu.”

Mais recentemente tive que ir de emergência à Urgência do HSO, em Guimarães. No fim entregam-me um papelinho com o pedido de uma consulta de urgência na Unidade da Dor, para o entregar nos serviços administrativos, recomendando-me que ficasse atento ao telefone porque a qualquer momento poderiam chamar-me.

Chamaram o meu leitor?

E como assumo vai assinado como é meu uso e confirmo com o sê-lo branco. Ninguém o vê.

(Não pratico deliberadamente o chamado Acordo Ortográfico).

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