O Chill Lounge Bar, na Avenida Doutor Ribeiro de Magalhães, em Felgueiras, é um bar acolhedor e familiar, onde podemos encontrar pessoas de todas as idades. Foi há 10 anos que o Dj Fredy resolveu colocar de parte, pelo menos parcialmente, a sua carreira de disc jockey e abrir o seu negócio. Nasceu então, em 2012, o Chill Lounge Bar.
“Parece que foi ontem. No início foi complicado: todos os dias aprendia – e ainda aprendo – coisas novas”, conta o Fredy. “Embora estivesse ligado à restauração, o meu trabalho na altura era Dj, e a música era, e é, tudo para mim. Foi triste ter que colocar isso de lado, embora ‘mato o bichinho’, como se diz, no djing, de vez em quando nos tempos mais livres”, observa.
Ser empresário, ter uma casa aberta, neste caso um bar, é difícil e exigente, mas Fredy não se arrepende: “com o passar dos anos, vês que o teu esforço – passo pouco tempo com a família, muitas horas a trabalhar – é compensado com os clientes a divertirem-se com alegria. Monetariamente também é importante. Sem dúvida foi a decisão acertada”.
O Chill Lounge Bar destaca-se em Felgueiras pelos muitos eventos que organiza, sejam eles festas académicas, teatro, stand up comedy, dança ou música ao vivo. “Antes de começar a pandemia fizemos mais de 50 eventos num ano! Há quem diga que temos mais eventos que a Casa das Artes”, diz Fredy, em tom de brincadeira.
Uma especial atenção ao bem-estar do cliente, em que um simples café e uma conversa se torne uma alegria e um momento de descontração, é o que ambiciona o Chill Lounge Bar.
Fredy considera que a noite em Felgueiras está bem melhor do que alguns anos atrás. “Temos agora mais opções de serviços. Lembro-me de termos um ou dois bares em Felgueiras, nada mais. Estávamos limitados àquilo. Hoje em dia, o cliente pode optar por um café/bar mais especializado naquilo que gosta”, destaca.
Para o empresário, devemos dar “mais valor à nossa terra. Vejo gente que valoriza as outras cidades aqui perto que têm noite, mas não podemos comparar: em Felgueiras somos cerca de 59 mil habitantes; Guimarães, que fica perto, são 156 mil; o Porto tem 214 mil habitantes. São coisas diferentes”, diz Fredy, sublinhando que a maior parte dos felgueirenses “vive com ordenados pouco acima do salário mínimo. Não chega para tudo. Mesmo assim temos boas casas e muitos jovens a saírem à noite”.
O período da pandemia foi o momento difícil nestes 10 anos em que o Chill Lounge Bar tem as portas abertas ao público. “Parecia um desmoronar de muitos anos de trabalho. Ninguém estava à espera e ninguém tinha conhecimento do que aí vinha”, enfatizou Fredy. “Fui conseguindo manter as contas em dia, minimizando as despesas que tinha, e cumpri com todos, com o dinheiro que tinha juntado nos últimos anos”. Nesse período de pandemia, e com o Bar encerrado por decreto do Governo, Fredy fez voluntariado a entregar refeições a pessoas mais carenciadas. “Não hesitei em fazer este voluntariado. Estar em casa sem fazer nada estava-me a levar ao desespero, e não faz parte da minha vida parar. Isso ajudou-me imenso. Acredita, porque a minha família já não me aguentava!”, contou.
Sobre Felgueiras, Fredy é da opinião que o concelho precisa de um pavilhão Multiusos. “À nossa volta, quase todas as cidades têm um Multiusos. Mas pelas notícias que vi do Felgueiras Magazine, vai avançar esse projeto”, observa. O empresário também está também preocupado com as condições da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Felgueiras que “precisa de obras e alargamento. Tem estudantes a estudar em contentores ou salas muito pequenas”, sublinhando que a ESTG está “a crescer cada vez mais”.