Autor: Pedro Fonseca
Mestre em Economia | Diretor do Felgueiras Magazine
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O desemprego na Indústria do couro e dos produtos do couro cresceu 53,5% no último ano, entre janeiro de 2021 e janeiro de 2020, de acordo com dados do IEFP. O último ano tem sido complicado para a indústria do calçado portuguesa e mundial, com os vários confinamentos por todo o mundo. Com a pandemia, a compra de artigos de calçado e de moda, deixou de ser uma prioridade. De acordo com o World Footwear, em 2020 verificou-se uma quebra no comércio de calçado na ordem dos 27%.
Já um inquérito promovido pela CIP (Confederação Empresarial de Portugal), recentemente realizado, dá conta que cerca de 80% das empresas nacionais esperam manter os postos de trabalho até ao final de abril. No entanto, 15% prevê uma redução do número de trabalhadores.
Entretanto, já são muitos os empresários do setor do calçado que reclamam por mais apoios do governo, para que as empresas consigam fazer face à crise no setor provocada pela Covid-19. A vacina da Covid-19, e a possível imunidade de grupo contra a doença nos países europeus até ao fim do verão, está a criar um clima favorável e animador dentro do setor do calçado. Há expectativa, entre os empresários, de aumento de encomendas para a coleção outono/inverno. Mas até lá, é preciso garantir a sobrevivência das empresas e dos postos de trabalho.
Pandemia faz crescer o desemprego no concelho de Felgueiras.
O número de desempregados inscritos no Centro de Emprego de Felgueiras cresceu 42,4% no último ano, entre janeiro de 2021 e janeiro de 2020. Em janeiro deste ano, o Centro de Emprego de Felgueiras registava 2620, mais 780 que em janeiro de 2020. Destes 2620 desempregados, 1069 estão inscritos à menos de um ano.