Será discutida na Reunião de Câmara agendada para amanhã a proposta para fixação da derrama para o ano de 2020. A derrama é um imposto municipal que incide sobre o lucro das empresas, sendo a sua taxa fixada anualmente pelos municípios.
A proposta apresentada por Nuno Fonseca, presidente da Câmara Municipal, prevê manter a derrama em valores idênticos aos de 2019, fixando em 1,5% (a taxa máxima permitida) para empresas com volume de negócios acima dos 150.000 euros, e em 1% para empresas com volume de negócios inferior a 150.000€ (taxa reduzida).
Recorde-se que no corrente ano de 2019, Felgueiras é o concelho do Tâmega e Sousa com as mais elevadas taxas de derrama. Lousada, Castelo de Paiva, Celorico de Basto e Cinfães optaram por isentar totalmente as suas empresas da derrama. Já Amarante, Marco de Canaveses e Resende optaram por isentar apenas as empresas com volume de negócios inferior a 150.000€. A taxa média da derrama na região do Tâmega e Sousa em 2019 é de 0,73% para empresas com volume de negócios acima dos 150.000 euros, e de 0,2% para empresas com volume de negócios inferior a 150.000€.
Empresários contactados pelo Felgueiras Magazine mostram alguma preocupação, caso esta taxa de derrama venha a ser aprovada. Numa altura em que o setor do calçado atravessa uma fase de alguma incerteza, com uma diminuição do volume de negócios e das exportações, uma eventual diminuição da taxa de derrama seria encarada por muitos empresários como um sinal positivo dado pela autarquia, em contraciclo com o clima económico desfavorável no concelho.
Por outro lado, esta elevada carga fiscal aplicada pelo Município às empresas, poderá prejudicar a atração de novos investimentos no concelho e a diversificação da nossa economia, uma vez que há condições fiscais mais favoráveis em concelhos vizinhos.
Caso os restantes municípios do Tâmega e Sousa mantenham (ou diminuam) para 2020 os valores da derrama fixados em 2019, o que é espectável, Felgueiras continuará a ter a mais elevada taxa de derrama da região.