A Caixa de Crédito Agrícola de Terras do Sousa, Ave, Basto e Tâmega (CCAM TSABT) enfrenta uma crise eleitoral devido à rejeição de uma lista candidata, que levou à apresentação de uma providência cautelar. Desde 2021, a instituição não elege órgãos sociais, mantendo-se em funções os órgãos sociais eleitos em 2018.
Pela primeira vez havia duas listas a concorrer, com a lista liderada por Susana Faria, que se posicionava em alternativa à lista liderada pela atual presidente interina do Crédito Agrícola de Terras do Sousa, Ave, Basto e Tâmega, Isabel Abreu.
No entanto, a lista de Susana Faria, apesar de “proposta/subscrita por mais de 800 associados aos órgãos sociais da CCAM TSABT”, foi “recusada, inviabilizando a sua participação no ato eleitoral”, lê-se no comunicado enviado ao Felgueiras Magazine. Esta lista não foi admitida por, alegadamente, “não cumprir satisfatoriamente todos os requisitos previstos na lei e na política interna de seleção e avaliação da adequação dos membros dos órgãos de administração e de fiscalização”.
Perante a situação, este grupo de associados considerou que se justificava a “apresentação de uma providência cautelar no Tribunal, visando a imediata suspensão do ato eleitoral e a anulação do processo eleitoral, desde a aceitação formal, das duas candidaturas, pelo presidente da mesa da AG”.
A somar a tudo isto, de acordo com o comunicado, “no passado mês de março houve uma assembleia que foi muito participada, evidenciando a ‘força’ dos associados descontentes, que exigiam que se cumprissem os estatutos e fosse marcada a data das eleições”.
“Apesar deste e de outros esforços para garantir equidade e transparência nas eleições, vimo-nos confrontados com a ausência de informações e com reiteradas e sistemáticas ilegalidades que visaram unicamente eliminar administrativamente esta candidatura, o que não é próprio num estado de direito”, lê-se.
A CCAM TSABT tinha, a 31 de dezembro de 2023, um ativo líquido médio de 306 mil euros, contando com aproximadamente 4 500 associados e 10 balcões. A instituição atua diretamente na economia dos concelhos de Felgueiras, Guimarães, Fafe, Amarante, Celorico, Lousada e Vizela.
