A indústria portuguesa de calçado vai investir 140 milhões de euros nos próximos três anos, para ser “a referência internacional no desenvolvimento de soluções sustentáveis”, disse esta terça-feira a APICCAPS.
“As conquistas do passado, não são garantias de futuro”, assume Luís Onofre. Para o Presidente da APICCAPS, “ainda que na última década o calçado português tenha tido um desempenho assinalável – excluindo o período da pandemia – nos mercados externos para onde exporta mais de 95% da sua produção, sentimos que os negócios mudaram e compete-nos investir numa indústria nova, para permanecer na vanguarda”.
Em dois projetos distintos, mas complementares, enquadrados no PRR (Programa de Recuperação e Resiliência), reuniram mais de 100 empresas, entre universidades, empresas e entidades do sistema científico e tecnológico e preparam uma nova década de crescimento nos mercados externos.
Dos 140 milhões de investimento, 80 milhões destinam-se ao projeto BioShoes4All (“Biocalçado para todos”), dividido em cinco pilares – Biomateriais, Calçado Ecológico, Economia Circular, Tecnologias Avançadas de Produção e Capacitação e Promoção.
Os restantes 60 milhões de euros do total de investimento previsto até 2024 destinam-se ao projeto FAIST – Fábrica Ágil, Inteligente, Sustentável e Tecnológica.
Luís Onofre recorda que “o setor do calçado sempre assumiu como grande objetivo ser uma grande referência internacional”, e garante que “este é o momento de preparar uma nova década de crescimento, reforçando competências, acelerando a inserção de novos quadros qualificados nas empresas e aumentar o investimento em I&DT, para que possamos apresentar produtos altamente diferenciadores”.