A Avenida General Sarmento Pimentel, em Felgueiras, conhecida como “Avenida das Tomadas”, é sinónimo de perigo iminente para quem nela circula, especialmente a pé. Requalificada em 2018, com um investimento de cerca de 900 mil euros, esta artéria de quase um quilómetro de extensão tem sido alvo de críticas por parte dos moradores, que alertam para o excesso de velocidade e o estacionamento abusivo.
“Na Avenida General Sarmento Pimentel, existe uma falta de respeito enorme pelos limites de velocidade. Sendo uma rua urbana, deviam ser respeitados os 50 km/h, mas não. Com a velocidade a que circulam os carros, torna-se impossível atravessar a estrada em segurança”, relata um dos moradores ao Felgueiras Magazine. “A maioria dos veículos nem sequer para nas passadeiras, e os que param, por vezes são logo ultrapassados pelo veículo que vem atrás, colocando em perigo os peões.”
Apesar de ser uma zona residencial, esta via funciona atualmente como um corredor obrigatório para quem vem de Sendim, onde se concentra grande parte do tecido industrial do concelho, em direção à A11. A conclusão da variante entre a Zona Industrial de Cabeça de Porca e a autoestrada promete algum alívio, mas até lá, a aflição dos moradores é real.
“Já foram inclusive atropelados alguns peões nas passadeiras, felizmente sem muita gravidade. A avenida deveria ser alvo de melhoramento para acalmar o trânsito, nomeadamente junto das passadeiras”, defende o mesmo morador, acrescentando que “a minha filha não atravessa a estrada sozinha, porque tem medo, e os meus avós já com alguma dificuldade têm de ser acompanhados para, por exemplo, ir almoçar ao restaurante São José”.
Outro residente descreve o cenário de forma ainda mais direta: “Há carros que passam aqui como se isto fosse uma pista de corridas. Não têm qualquer respeito por quem vive nesta rua. Vivemos com receio.” A insegurança é transversal: “Quem anda a pé sente-se desprotegido. Mesmo nas passadeiras, os carros não param. Isto não é normal numa zona onde vivem tantas famílias.”
Além da velocidade, há o problema do estacionamento em cima dos passeios. “É um risco enorme”, denuncia o mesmo morador. “Somos forçados a andar na estrada, com carros a passar a mais de 80 ou 90 km/h. Basta uma distração para acontecer o pior.”