Castelo de Paiva foi o município escolhido para acolher, a 7 de fevereiro, novo encontro de Associações Empresariais do Tâmega e Sousa. Esta iniciativa – “inserida no programa de coesão territorial e de partilha de problemáticas da região” – visa o debate/reunião regular dos máximos representantes das referidas instituições em diferentes municípios, de acordo com Emídio Monteiro, Presidente da entidade promotora (Conselho Empresarial do Tâmega e Sousa – CETS).
Na ocasião, o Presidente do Conselho Fiscal do CETS e Presidente da Associação Empresarial de Paços de Ferreira, Rui Carneiro, reforçou a importância da existência do Conselho Empresarial para o desenvolvimento do Tâmega e Sousa e para as associações: “Temos de conseguir estratégias conjuntas para sermos mais fortes. Quer seja do setor da pedra, do mobiliário, do calçado ou outros setores, temos todos pontos em comum e devemos trabalhar para sermos mais fortes lá fora”, adiantou.
O Presidente da Câmara Municipal de Castelo de Paiva e da Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa, Gonçalo Rocha, que também marcou presença, salientou de modo análogo a importância desta entidade para a região – cuja constituição foi “uma ideia inovadora e importante”, enquanto agregador do coletivo empresarial. O autarca referiu ainda que a par dos esforços financeiros de todos os municípios, é vital existir “empresários de labor para que haja emprego”.
O evento contou também com a participação do ex-presidente do CETS (2013-2014) e atual presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP), Luís Miguel Ribeiro. Para o dirigente, o Tâmega e Sousa é uma das regiões com “maior potencialidade em Portugal”, não só pela sua dimensão em termos populacionais, nº significativo de jovens e pela área geográfica em que está inserido, mas também pela existência de “setores altamente exportadores”.
No entanto, relembrou que em contraponto esta continua a ser das regiões mais pobres e com piores indicadores, antevendo o agravamento da situação, uma vez que setores como o têxtil e o calçado “começam a evidenciar sinais que preocupam”. Em termos turísticos, Luís Miguel Ribeiro realçou que a região “não tem tirado bem o proveito do seu potencial” e que precisa que os “atores e responsáveis regionais olhem para ela como um todo, criem políticas públicas, porque esta região tem tudo”.
Luís Miguel Ribeiro notou ainda que é importante “estimular a cooperação entre pequenas, médias e grandes empresas”, com o apoio das associações empresariais: “Não podemos aceitar que só por uma empresa estar em Castelo de Paiva tenha acesso a menos informação, apoios, ou menos condições do que outra que esteja em Coimbra ou Lisboa” – uma situação necessária para que a “descentralização e coesão territorial não passem de discurso”.