No mais recente episódio do podcast “O Mais Famoso Podcast Sobre Calçado!”, Pedro Fonseca e Rui Oliveira conversaram com Pedro Cilínio, secretário de Estado da Economia. A conversa passou também pela estratégia que o setor do calçado português tem vindo a seguir: a sustentabilidade; a tecnologia que ajude as fábricas a serem mais ágeis e mais rápidas a responder aos clientes; e a busca por segmentos de mercado mais elevados.
Quando questionado sobre a direção que o setor tem tomado, Cilínio foi enfático: “Eu acredito que sim”. Destacou a importância de Portugal, apesar de ser um país de dimensão reduzida, ter um mercado global vasto à sua disposição. “Se nós queremos aumentar o nível de vida dos nossos cidadãos, temos que aumentar o valor que é produzido pelas nossas empresas”, afirmou.
Sobre a tecnologia e inovação, Pedro Cilínio sublinhou a necessidade de acrescentar valor aos produtos, tornando-os diferenciados nos mercados. Isso passa pela “procura de mercados mais qualificados que estejam disponíveis para pagar preço mais elevado pelos nossos produtos”. A tecnologia, como a automatização e a inteligência artificial, desempenha um papel crucial nesse processo. O Secretário de Estado mencionou exemplos concretos, como a utilização de robôs para retirar peles cortadas à mesa de corte, uma tarefa que anteriormente era realizada manualmente.
“Há sempre quem critique os nossos setores tradicionais e diga que podíamos ter outra economia, mas nós temos de trabalhar com a economia que temos. Todos nós queremos acrescentar novas atividades com maior valor acrescentado, mas também temos que acrescentar valor às atividades que temos e às indústrias que temos, e este caminho é importante”, sublinhou o secretário de Estado da Economia.
No entanto, a inovação não se limita à tecnologia. Pedro Cilínio destacou a sustentabilidade como um fator diferenciador dos produtos portugueses nos mercados internacionais. “É a sustentabilidade nas suas várias dimensões, não só a componente ambiental, mas também naquilo que tem a ver com as práticas de responsabilidade social”, explicou.
O Secretário de Estado também abordou a importância da responsabilidade social, mencionando a garantia de que os sapatos produzidos em Portugal não envolvem trabalho escravo ou de menores. “Um par de sapatos de outra origem, se calhar, não está em condições de o garantir em absoluto”, referiu. Esta garantia, segundo ele, é um valor acrescentado para as marcas que optam por comprar em Portugal, pois protege a sua reputação no mercado. “Portugal, desse ponto de vista, dá essas garantias. E já tivemos muitos exemplos no passado de marcas que foram extremamente penalizadas por descobrir que estavam a adquirir produtos em mercados, ou que eram produzidos não utilizando as boas práticas do ponto de vista da sua responsabilidade social”, concluiu.
Leia também:
- Parte 1 - Secretário de Estado da Economia aborda a “crise” no calçado
- Parte 2 - Secretário de Estado da Economia discute possíveis medidas para enfrentar a crise do setor do calçado
- Parte 3 - Pedro Cilínio destaca a importância dos fundos comunitários, o PRR e o Portugal 2030 para a indústria do calçado
- Parte 4 - Secretário de Estado da Economia revela impressões sobre o setor do calçado
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