Na última edição do Inquérito COVID, da autoria do Gabinete de Estudos da APICCAPS (que contou com respostas de 81 empresas, que representam e 18,4% do emprego e 23,1% das exportações do setor), 39% das empresas indicam ter encomendas para, pelo menos, dois meses de trabalho. Um valor que compara com 29% das empresas registado no início do ano. Volume de encomendas para mais de 3 meses é de agora 19% (que compara com 10 % registado no início de fevereiro, há precisamente um mês)”.
Nem todos os sinais são, por esta altura, consistentes. Com efeito, estima-se que as empresas estivessem a utilizar em fevereiro 77% da sua capacidade produtiva normal para a época do ano. Previsivelmente este indicador não sofrerá grandes oscilações em março.
Apesar de alguma recuperação nos últimos meses, 40% das empresas prevê ainda que nos próximos seis meses tenha de proceder à suspensão das atividades produtivas. Contudo, destas, apenas 14% acredita que seja por mais de 1 mês. A grande maioria das empresas, 60%, revela, ainda assim, que não prevê qualquer suspensão da atividade laboral.
As dificuldades ao nível do abastecimento das matérias-primas são, por agora, a seguir à redução das encomendas internacionais (74% dos inquiridos) a maior preocupação para as empresas. Já o absentismo ronda agora os 25% (que compara com os 36% há um mês). Das empresas inquiridas, 51% dizem que preveem utilizar os apoios à formação e 22% das empresas indicam que estão a utilizar neste momento o mecanismo da retoma progressiva.